domingo, 19 de agosto de 2012

Café da manhã dos campeões.

Não é por nada, mas esses britânicos vivem me surpreendendo. Vou fazer um desses.


The english breakfest


domingo, 1 de abril de 2012

Casa da Morte...quer dizer, do Norte.

No dia 03/02/2012, uma sexta-feira, dois dos cavaleiros do apocalipse culinário tinham de cumprir sua sina: Ir em busca de alimentação farta, barata e perigosa no caminho rumo ao Largo da Batata.
Arthur e Flavio, no entanto, precisavam de mais pessoas para compartilhar dessa arriscada aventura. Seguindo as regras da vida, sobrou para o estagiário, o Sr.Oh Sung.

Daí então, era necessário buscar um lugar adequado. Foi quando passamos em frente a um lugar sensacional. Era uma casa do norte, localizada na rua Cardeal Arcoverde, nº2210, em meio a dois empreendimentos muito familiares. A pintura verde abacate era um convite a nossa curiosidade. Quando entramos vimos um cenário lindo: 4 mesas de sinuca, chapéus mexicanos com os distintivos dos clubes de futebol de São Paulo, a senhora da barraquinha de jogo do bicho abrindo sua banca na porta do restaurante e a senhora que estava na cozinha indo ao banheiro unissex da casa e voltando para preparar nossa higiênica refeição.

Em seguida veio a atendente e anunciou nossas opções de refeição: Carne de sol com macaxeira, galinha caipira, Dobradinha e Mocotó. Pedi a carne de sol, que vinha acompanhada de feijão de corda, arroz e macaxeira.

O prato é muito ber servido! vem com 1kg de macaxeira (sem manteiga de garrafa), um prato de feijão de corda (que mais parecia feijão tropeiro), o arroz e a carne de sol, que parecia ter um aspecto saudável.

Os outros ogros estavam se divertindo também. O Sr. Oh Sung com sua galinha caipira e o Sr. Flávio com sua rabada. Sung reclamou que a galinha tinha gosto de rabada, mas depois que a atendente falou que é porque era carne de pombo ele ficou mais tranquilo. Flavio estava pensando em vender o restante da macaxeira que sobrou, que daria pra alimentar uma família de 5 pessoas por uma semana.

Foi quando vimos o diferencial da casa, um cartaz que dizia: "NÃO CLIENTES: R$ 1,00" na porta do banheiro. Sensacional! Onde mais você vê esse tipo de seleção? Me senti especial, se quisesse usar o banheiro não precisaria pagar!!!

Todos, muito satisfeitos e sem querer ver macaxeira pelos próximos 10 anos, pagamos e fomos embora.

Avaliação: Local aconchegante, quente no verão, frio no inverno, comida boa, mas peça sem macaxeira. Evite a garçonete banguela, que solta perdigotos na sua comida.

Comida: 06
Local: 03
Atendimento: 03
Frequentadores: nulo (não vimos ninguém lá)
Valor: 04 (não é muuuuito barato, mas vale a pena encarar)

Flavio: Não tenho muito o que falar. A decoração do local era temática, com cabeças de boi e a oração do corno colada na parede. Comida estava muito boa, e deu trabalho para digerir, mas me senti seguro ao saber que não ia ter que pagar R$ 1,00 para resolver qualquer emergencia causada pela comida. Acho que precisamos tomar umas cervejas e jogar um bilhar no happy hour.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Culinária Oriental na Madruga


Sei que o foco do blog é o almoço e o Largo da Batata, porém, não posso deixar de relatar a experiência gástrica que tive em uma dessas madrugadas de final de semana ali na Vila Madalena.

Sexta feira sempre foi meu dia preferido pra sair à noite. Parece que o final de semana fica mais comprido. Na sexta passada juntamos uma turma e fomos beber num bar ali na Mourato. O bar fechou e tivemos que ir pra outro lugar, e o escolhido foi um buteco na Inácio, ao lado do Bleecker. Cerveja barata, conversa sendo jogada fora, coisas caóticas, quando bate a fome. No bar, só uns salgados extremamente suspeitos. Nenhuma lanchonete ao redor. Porém, ali, naquela esquina da Inácio com a Mourato, em frente àquele bar sertanejo, estava o que buscávamos: uma comida barata, empanturrante e com quilômetros de calorias vantagens: yakissoba!

O yakissoba é tradicional: flango, vegetais, macalão e muito sabor em forma de óleo de soja. É servido na porção pequena (4,50), média (5,50) e grande (de, adivinhem: 6,50). Pedi uma media, e observei o espetáculo. Primeiro, dá-lhe óleo na frigideira (aquelas grandes, que os chineses adoram), e, na sequência, o frango. Enquanto o bicho fica lá fritando, são adicionados a cenoura e a acelga (acho que era acelga, parecia acelga). Depois, entra o macarrão já cozido, retirado de um tapouér gigante, e fica lá, tudo fritando e sendo agitado de um jeito bem chinês, seja lá o que isso seja. Aí vem sal, "ajinamoto", shoyu e um líquido bem esquisito, que não entendi o nome. Por último, entra na panela o conteúdo amarronzado de uma garrafa toda amassada. Parece ser o ingrediente secreto.

O gosto é sensacional! O preço, totalmente acessível. Recomendo! Tentamos, em vão, descobrir o nome do chinês dono do carrinho, mas ele tá sempre ali, na esquina da Mourato com a Inácio, oposta à drogaria, as vezes acompanhado da esposa e das filhas. Ah, e só na madrugada.

Ah, sim, no final da noite descobrimos o conteúdo da garrafa secreta. Era água. Marrom, mas água. Recomendo!

A esquina do china.


Flávio: Bom, uma bela noite, bebendo num buteco da Inácio, recebi o convite do Alfinete e mais uma galera para encarar um Yakissoba. Excelente, preço baixo, toda sorte de gente louca que circula pela vila Madalena ancora por lá, e o mais incrível, as duas filhas do Chinês sabem como agradar a autoestima do pessoal, acrescentando, em média, 10 anos na idade de cada um. Uma ótima sugestão para quando você está se sentindo melhor que os outros... em todos os sentidos. 

A Semente da Baixa Gastronomia


Eu não me lembro direito como foi que a idéia de montar este blog sobre o Largo da Batata rebentou, e muito menos da sua concepção. O que sei é que tínhamos um bom conhecimento da cena gastronômica local, poucos créditos no vale e um bom plano de saúde (além de uma vontade de aventura difícil de saciar em uma cidade como São Paulo - não, tentar atravessar a Cardeal com o sinal aberto não nos bastava). Mas, de uma coisa, tenho certeza: a faísca que faltava pra acender essa vela de banha e triglicérides surgiu em um dia de relativo calor no meio do inverno paulistano.

Voltávamos de um dos nossos engordurados almoços no alemão (vide post relacionado), cortando caminho da Faria Lima para a Teodoro pela Rua Sebastião Gil, quando algo nos chama atenção. Era uma casa, térrea, com algumas lanternas japonesas penduradas na varanda e mesas individuais, ocupadas pelos erguidores desta cidade: motoboys, pedreiros, pintores e prostitutas. Todo aquela cena, emoldurada de um lado pelo balcão com o adesivo do nosso vale colado nele e pelo outro por uma inexplicável fonte com um sapo de porcelana, nos cativou de tal modo que um podia ver na face dos outros que o desafio estava lançado. Mais do que isso: estava plantada a semente do desespero de nossos cardiologistas.



O tempo passou, e, como se tivéssemos sofrido uma incepção, aquela idéia foi aumentando na cabeça. Tínhamos que experimentar aquele rango! Porém estava difícil de calhar estarmos os três presentes (mesmo porque éramos os únicos que aceitávamos aquele suicídio em prato feito). Um dia porém, decidimos que não podia mais esperar. E partimos, eu e Flavinho (o burro primeiro) até aquele antro cravado no coração do Baixo Pinheiros.

Chegando lá, logo se nota que o número de motos paradas na frente não é normal. Primeiro, alcança-se a varanda da casa, onde fica o balcão no qual as almas são negociadas. "Quanto custa o almoço, senhora?". "Cinco e cinquenta.". "Que?". "Cinco e cinquenta!". Troco alguns olhares desafiadores com a senhora, mas ela não desvia o olhar. Então desvio eu. E entramos.

Aí sim a coisa fica feia. Ao entrar na casa pela, suponho eu, sala de estar, logo seus olhos embaçam, seu cabelo engruvinha e você sente o gosto do ar à sua volta. O aroma da friturada toda misturada viola seu nariz de forma até grosseira; eu nem sabia que óleo de soja podia assumir a forma gasosa. Mas, tentando não escorregar na fina camada oleosa que cobre o piso, você segue pra fila! E lá você começa a entender o porque de você VER o ar que está respirando. 75% do cardápio é constituído de frituras. Claro, antes tem a parte da salada, rudemente ignorada pelos habitués. Coloco um pouco do alface e do tomate (a variedade é incrível), algumas gotas de azeite (aham, Cláudia) por cima, sal, vinagre. Continuando nos vegetais, arroz e feijão. Aí tem as misturas: bife frito, calabresa frita, constelinha frita, ovo frito, polenta frita. E o melhor, você não tem que escolher "um grelhado e um molho, senhor", você pode ter TODO o cardápio no seu prato, de uma vez, o quanto você conseguir empilhar!

Olho para o Flavinho, pra ver como o mesmo se encontrava, e seus olhos estavam rasos. Talvez fosse a emoção, talvez a fumaça, quem sabe?

Na minha frente estava um senhor já de idade, com um prato tão cheio de arroz e feijão que eu não tinha dúvida: aquela ia ser a única refeição daquele senhor na semana. Ele pegou dois ovos fritos, equilibrou em cima da duna sobre seu prato e buscou mais um terceiro ovo que, sem dúvida alguma, poderia estar submerso no óleo remanescente dentro da bacia. Não o encontrando, porém, avisou delicadamente o garçon, que de forma muito rápida trouxe outra bacia de ovos fritos, os quais despejou sobre aquela mistura de óleo e gema, sem esquecer, é claro, de regar a nova montanha de ovo frito com o próprio óleo da sua bacia. Olhei para o Flavinho novamente, dessa vez de forma levemente mais desesperada.

Peguei um ovo, calabresa, umas duas costelinhas e polenta. "E pra beber?". A única opção, claro: "Um Dollynho guaraná". Minha conta acabara de subir em 1,00. Segui para a varanda, em busca de oxigênio, seguido pelo Flavinho. Sentamos e saboreamos mais do que aquele prato, mas aquele ambiente. Pagamos todos os 13,00 reais que devíamos por duas refeições com bebida e voltamos ao escritório, algo entre aturdidos e felizes.

Depois da idéia já pronta de fazer o blog, era óbvio que tínhamos que voltar lá. E, dessa vez, levamos conosco o Arthur e o Eneas. O ambiente era o mesmo. O clima, igual. Apenas o cardápio havia mudado um pouco, e estavam servindo moela ensopada. Mas os ovos estavam lá! E o cheiro, sem dúvida, jamais sairá daquelas paredes.
É um lugar para o fim do mês, onde você paga não só pela gastronomia, mas por todo um "way of life". Comida boa, barata e sem barata. Nota 10!

Restaurante Kidelicia
Rua Sebastiao Gil, 52

Sabor: Pedro - 7; Arthur - 6; Flávio - 8,5. Média: 7,2.
Economia: Pedro - 10; Arthur - 10; Flávio - 10. Média: 10.

Arthur: Gosto das ideias extravagantes, estes jovens micro-empresários são muito criativos. Quem antes havia pensado em juntar a ideia de um restaurante tipicamente econômico a sensação agradavel e calorosa de uma sauna? A pintura do local, em cor salmão, dava fome, que passava a medida que você via os quadros da parede com a pintura escorrendo e a água descendo pelo calor das paredes.
A comida era muito saborosa, intensa...que que eu to falando? Claro que era estranha, afinal, do início ao fim do buffet é necessário usar uma única colher para se servir dos diversos pratos, o que conferia um gostinho único...no prato todo. Vale a pena para quem tem estomago forte...ou seja suicida, ou ainda um motoboy...

Flávio: Não tenho muito a acrescentar. Passei uma semana usando colirio a base de gasolina pra remover a gordura do globo ocular. Mas a comida é boa, tipica comida caseira de solteiro, com todos os ingredientes que deveriam ser levemente dosados (como oleo, pimenta,...) lançados em excesso na reação. Dei 1,5 ponto a mais no sabor devido ao precioso azeite de soja Soya que nos foi servido no buffet de salada. Up the Irons!

"Odi-ceia" ao Alemão

Após muito tempo de destualizações, finalmente conseguimos escrever estórias de nossas desventuras. Hoje, vou transcorrer um pouco do que passamos ao ir nesse restaurante, que apesar de estar no largo da batata, consegue destruir tanto os bolsos, quanto os estomagos de vossos visitantes.

Ao chegarmos, junto veio a grande duvida: o que pedir?!?! Afinal, tinhamos diversas opções que iam desde o Joelho de porco, até a Bisteca gigante. pois então surgiu o cardapio, e entre as opções, tinhamos um grande atrativo: Sauerkraut Garni, que é uma mistura de tudo que possa nos matar do coração em um unico prato.

A bandeja prato em que veio servido deveria pesar +/- 1,5 kg, sendo a porção para três pessoas. A visão dele chegando a mesa, é indescritível, portanto, observem o prato em dois angulos diferentes:


Pois é. Isso deu um trabalho... dividimos o prato, rico em gordura. Após metada da refeição, tive que pedir um refil pra coca pra dar uma ajuda. Nesse momento, as pernas ja bambeavam e sensação que o dia tinha acabado antes das 13:00 erá inevitável. Heroicamente, finalizamos o prato, e o novo desafio veio: como ir embora com aquela sensação de que o mundo estava acabando??? Acreditem, foi um esforço Hecúleo para continuar vivendo após esse prato. No fim, saímos todos com ferimentos no bolso, no estomago e na alma.

  
Sabor: Flávio - 10; Arthur - 8; Pedro - 10. Média: 9,3.
Economia: Flávio - 0; Arthur - 1; Pedro - 1. Média: 0,6.

Arthur: É um restaurante do tipo "vale a pena ficar sem comer 02 dias antes para ir", afinal, ao mesmo tempo que é caro, mas é MUUUUITO bem servido, todos os pratos são feitos para monstros!
Não deixe de provar o joelho de porco com purê de maça, a combinação agridoce ficou sensacional, e também o prato Armaggedon, que vem todos os tipos de liguiças da casa mais 1kg de batata e 1 kg de chucrute. De longe, é o melhor restaurante já comentado no blog até aqui.

Pedro: No comeco fui contra a analise deste restaurante, uma vez que fugia do nosso objetivo de se empanturrar gastando menos que o governo com educacao. Porem, os dois companheiros que dividem o blog conseguiram me convencer, me mostrando que no quesito "gordura" o Alemao nada devia para os maiores expoentes do Largo da Batata.
Recomendo o Kassler Mit Sauerkraut, a bisteca de porco de duas polegadas de altura. Mas peça FRITO! O nome em alemao significa "O Paraiso antes do purgatorio". Serio.






quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

É Natal

 
Não vai sobreviver ninguém nesse presépio, isso inclui desde o menino Jesus até quem comer.